Com alíquotas reduzidas em até 100% para equipamentos hospitalares, próteses, reagentes e produtos de acessibilidade, a reforma tributária equilibrou a concorrência entre itens nacionais e importados e abriu um novo ciclo para o setor.
As mudanças implementadas pela reforma, incluindo o IBS e a CBS, que substituirão tributos como ICMS e ISS até 2033, corrigiram uma distorção antiga. Hospitais públicos e entidades filantrópicas eram isentos de impostos ao importar equipamentos, mas pagavam alíquotas ao comprar de fabricantes brasileiros. Agora, a isenção também vale para produtos feitos no país.
Com o novo cenário fiscal, as empresas iniciaram renegociações de contratos com hospitais, incluindo cláusulas de reajuste automático conforme as novas alíquotas.
Também fazem revisões de prazos de entrega e repasse de custos em contratos antigos e de longa duração, além de contratar consultorias fiscais para mapear o impacto da transição no fluxo de caixa e no cálculo dos créditos tributários. Segundo o diretor institucional da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), Márcio Bósio, o modelo exigirá adaptação gradual.
“O setor precisa de previsibilidade tributária para continuar investindo em inovação”, apontou.