Aliados de Lula consideram que o processo de escolha de um substituto de Luís Roberto Barroso no STF — caso o ministro realmente adiante sua aposentadoria — poderá levar em conta arranjos eleitorais para 2026.
Essa possibilidade é cogitada especialmente no caso de um dos “supremáveis”: Rodrigo Pacheco. Uma indicação de Pacheco estaria atrelada, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a um apoio do PSD a Lula em 2026. Um aceno do União Brasil, devido à proximidade do senador com Davi Alcolumbre, também é colocado na balança.
Além de Pacheco, voltaram a ser cogitados para o STF Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União. Os três já haviam sido cotados em 2023, quando Rosa Weber se aposentou.
A indicação de Jorge Messias, hoje considerado candidato mais forte, seria pelo critério de confiabilidade. O ministro da AGU tem relação de longa data com Lula e é considerado um nome com boa interlocução no Senado e até na oposição, por ser evangélico.
Já Dantas tem relação próxima com nomes como Gilmar Mendes, Renan Calheiros e José Sarney.
Uma definição de Barroso, como ele tem dito, deve ficar mais clara em outubro, quando ele retornar de um “retiro espiritual” de uma semana no exterior. O ministro já declarou sentir que cumpriu um ciclo no STF.