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Alexandre Padilha na Saúde abre vaga na articulação política para Guimarães

Criticado pela atuação na secretaria de Relações Institucionais, ministro ameaça cargo de Nísia Trindade. Conversas sobre novo ministério esbarram na dificuldade para recolocar Paulo Pimenta, ex-Secom

O vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Parlamentares com bom trânsito no governo dizem que, na reforma ministerial em discussão nos bastidores do governo, as chances de o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ir para a Saúde em substituição a Nísia Trindade estão cada vez mais fortes. Padilha, que é médico, ficará muito satisfeito se for consumada essa mudança, de acordo com esses parlamentares próximos ao governo.

Uma das razões pelas quais a mudança seria benéfica para ele é que Padilha sempre foi muito criticado, inclusive dentro do governo, pelo seu desempenho na articulação política com o Congresso. Ele tem dificuldades de relacionamento com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e não se sabe se conseguirá se sair melhor nessa mesma missão com o provável novo presidente da Casa, Hugo Motta (PB-Republicanos), apadrinhado por Lira.

Aliados de Padilha admitem que há problemas e dificuldades na articulação com o Congresso. Para eles, contudo, a responsabilidade não seria só do ministro, mas de todo o governo. Um parlamentar próximo ao Planalto e defensor de Padilha questiona: “quem compõe o núcleo de articulação política do governo e qual o papel de outros ministros como Rui Costa (Casa Civil)”? Para o parlamentar, esse núcleo inexiste.

Se Padilha for para a Saúde, um possível arranjo a ser feito por Lula é o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), assumir a Secretaria de Relações Institucionais. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) iria para a Secretária-Geral da Presidência.

Nessa composição, Lula precisaria, ainda, encontrar um lugar para Paulo Pimenta, que perdeu o posto na Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) para o marqueteiro da campanha de Lula, Sidônio Palmeira.

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