O Pantanal será o grande protagonista de uma exposição em Portugal. Mais de 80 fotografias dos fotógrafos brasileiros Lalo de Almeida e Luciano Candisani foram reunidas na mostra “Água Pantanal fogo”, que tem data de estreia marcada para quarta-feira, 16, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa.

A exibição apresenta o contraste entre a exuberância da água e a destruição do fogo. Luciano Candisani buscou registrar a riqueza da maior planície alagável do planeta, durante as cheias pantaneiras de 2012 a 2021. Lalo de Almeida capturou o momento em que o Pantanal era mais fogo do que água, em 2020. Um apelo de conscientização ambiental para os quase 45 mil quilômetros quadrados de queimadas e milhões de mortes da fauna e flora nativas.

Algumas das fotografias de “Água Pantanal fogo” foram originalmente exibidas no ano passado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e atraíram mais de 15 mil visitantes. O sucesso foi tamanho que as fotografias foram posteriormente levadas ao Museu Marítimo de Hamburgo, na Alemanha.

A exposição se desdobrará na mostra “Cine Tuiuiú: cinema do Pantanal, o nosso tempo”, que trará filmes documentais na Casa do Comum, a partir de quinta-feira, 17. Também será pontapé para uma série de lives exibida pelo Fórum de Integração Brasil Europa no YouTube, que trará diversos assuntos ligados a arte e meio ambiente e é um dos apoiadores da exposição.

“Água Pantanal fogo” permanece em Lisboa até 6 de julho de 2025, e então seguirá para itinerância em outras regiões da Europa. É um projeto da Documenta Pantanal, iniciativa que transforma arte em ativismo ambiental, tem curadoria de Eder Chiodetto.