Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo acionou Dias Toffoli no STF para encerrar um processo em que é réu na Justiça Federal de São Paulo.
Bernardo pediu a Toffoli nessa terça-feira, 20, a extensão da decisão do ministro que, conforme mostrou a coluna, anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o advogado Guilherme Gonçalves.
Gonçalves atuou como advogado de campanhas da ministra da Secretaria de Governo, Gleisi Hoffmann, com quem Paulo Bernardo foi casado. O advogado foi apontado pela Lava Jato como suposto operador de propinas.
O processo que Bernardo pretende ver trancado por Toffoli trata das investigações da Operação Custo Brasil. Ele é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por supostos pagamentos de propina no Ministério do Planejamento sob sua gestão, entre 2009 e 2015. O esquema teria como base um contrato fraudulento com uma empresa de tecnologia para gestão de créditos consignados na pasta.
Os advogados do ex-ministro argumentaram a Toffoli que a Custo Brasil foi um desdobramento das operações Pixuleco 1 e Pixuleco 2, deflagradas pela Lava Jato por ordem do ex-juiz Sergio Moro, cujas decisões foram anuladas pelo ministro em relação a Guilherme Gonçalves. Eles apontaram que o advogado foi alvo das mesmas investigações.
Em razão dessa relação entre as apurações e da presença de Gonçalves nelas, alegou a defesa, o processo na Justiça Federal de São Paulo contra Paulo Bernardo também deveria ser encerrado.