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PCC: delegado e inspetor da Polícia de SP seguirão presos

Advogados de delegado e investigador presos sob suspeita de terem recebido propina de Gritzbach pediram liberdade ao STF

Foto: Reprodução/YouTube
Foto: Reprodução/YouTube

Um delegado e um investigador da Polícia Civil de São Paulo presos sob suspeita de envolvimento no caso de Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos em plena luz do dia, tiveram um pedido frustrado por Luís Roberto Barroso no começo da semana.

A defesa do delegado Fábio Baena e do investigador Eduardo Lopes Monteiro havia solicitado ao STF, em 24 de dezembro, a revogação das prisões preventivas de ambos, decretadas na Operação Tacitus. Baena e Monteiro são suspeitos de terem pedido propina para livrar Gritzbach de um inquérito que o investigava como mandante dos assassinatos de dois integrantes do PCC. A morte dele teria sido em represália a esses crimes. Os dois foram delatados por Gritzbach.

O habeas corpus foi distribuído ao ministro Edson Fachin, mas, durante o recesso do STF, os advogados queriam que o pedido fosse analisado com urgência. De plantão no Supremo enquanto presidente da Corte, Barroso decidiu que não era o caso. A defesa ainda insistiu, mas o ministro foi irredutível e mandou o caso para o relator no último dia 30.

Escreveu Barroso, ressaltando as suspeitas sobre o delegado e o investigador:

“Sem desmerecer os argumentos desenvolvidos no presente pedido de reconsideração, não encontro nas peças que instruem o feito razão que justifique a modificação do ato impugnado, notadamente se se considerar que a hipótese é de pacientes investigados por organização criminosa, envolvendo os delitos de homicídio, lavagem de capitais, crimes contra a administração pública e outros delitos de extrema gravidade”.

Apesar da decisão de Barroso, ainda há alguma esperança aos investigados. O relator do pedido de liberdade, Edson Fachin, é vice-presidente do STF e assumiu o plantão da Corte entre 1º e 19 de janeiro. Deste modo, o habeas corpus ainda poderá ser analisado durante o recesso nesse período. Barroso volta ao plantão de 20 a 31 de janeiro.

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