A PF segue investigando se os bloqueios de rodovias federais e estaduais que ocorreram em diversos estados do Brasil, após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, tiveram alguma conexão com o suposto plano golpista liderado pelo ex-presidente e que motivou seu indiciamento no inquérito do golpe. Os bloqueios, promovidos por apoiadores de Bolsonaro que contestavam o resultado das urnas, foram registrados em estados como Minas Gerais, Tocantins, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rondônia.
As investigações iniciais foram conduzidas por unidades locais da Polícia Federal e, posteriormente, encaminhadas ao Supremo, após Alexandre de Moraes determinar que os casos deveriam ser analisados pela Corte. O STF reconheceu a competência para investigar potenciais conexões entre os bloqueios e ações mais amplas contra a democracia brasileira.
Os casos passaram a ser centralizados na Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal, que já elaborou relatórios finais para diversas dessas frentes de apuração. Contudo, a PGR pediu diligências complementares em grande parte dos inquéritos, o que levou à devolução dos processos à PF. Essas diligências ainda estão em andamento, mas nada disso é investigado no âmbito do inquérito do golpe.