A Polícia Federal ainda não sabe quando, ou se, Carla Zambelli retornará o Brasil. A volta da deputada depende da duração dos trâmites das autoridades italianas, que têm 48 horas para dar encaminhamento ao processo.

A decisão envolverá soltar Zambelli, mandar para prisão domiciliar na Itália ou extraditá-la. 

Zambelli foi presa nesta terça-feira, 29, pela polícia italiana em um apartamento em Roma. A Polícia cercou o apartamento da deputada, que se entregou às autoridades.

Zambelli tinha fugido para a Itália depois de ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes, a deputada passou pelos Estados Unidos.

O Ministério da Justiça brasileiro já havia solicitado oficialmente a extradição da deputada. Foragida, o nome dela estava na lista da Interpol.

A análise do caso pela Itália colocará à prova a estratégia de Carla Zambelli, que, em função da cidadania italiana que possui, sentia-se segura fugindo ao país europeu. A deputada chegou a afirmar que seria “intocável” em solo italiano.

Depois da prisão, a defesa da parlamentar divulgou um vídeo em que ela seguiu se mostrando cética quanto à possibilidade de uma extradição ao Brasil. “Eu não vou voltar para o Brasil para cumprir pena. Se eu tiver que cumprir pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático”, afirmou.