Quem acompanha de perto a ação contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no Tribunal Superior Eleitoral, acredita que o processo não terá um veredicto neste mandato do governador. A razão tem a ver com a futura composição do Senado após a eleição de 2026 e o risco de abertura de processos de impeachment contra ministros do STF.
A avaliação é que, pelo fato de o futuro político do governador fluminense, hoje, estar nas mãos do TSE, devido ao processo que pode cassar seu mandato e torná-lo inelegível, ele não arriscaria apoiar uma empreitada contra os ministros.
E mais: a demora para julgar faria com que Castro não partisse para o discurso mais agressivo contra a Corte durante sua campanha ao Senado. O governador não embarcaria, por esse raciocínio, numa campanha centrada no impeachment de ministros do STF, como muitos candidatos ao Senado farão em 2026.
Castro é alvo de uma ação no TSE, que começou no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, devido à criação de cargos fantasmas durante a eleição de 2022. É parte do processo também o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que será o candidato do governador para sua sucessão.