Além de defender que qualquer proposta de anistia seja ampla e irrestrita, o PL não quer que o projeto de lei da dosimetria vá ao plenário da Câmara por uma razão objetiva: não ter que votar contra penas mais brandas aos golpistas condenados pelo 8 de Janeiro.

O partido entende que, se a dosimetria for pautada, não poderá votar contra o texto, uma vez que a proposta soltaria todos os militantes bolsonaristas que depredaram as sedes dos Três Poderes.

Além disso, aliados de Jair Bolsonaro têm dito que não haveria clima para pedir anistia ampla e irrestrita após a votação da dosimetria. O projeto, relatado pelo deputado Paulinho da Força, do Solidariedade de São Paulo, prevê a redução da pena de Bolsonaro em pelo menos sete anos — um banho de água fria a quem pretendia vê-lo livre da cadeia.

Um dos textos que está sendo discutido propõe fundir os crimes de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito em um único tipo penal. A proposta, entretanto, não tem consenso entre os líderes partidários, tampouco entre a Câmara e o Senado.