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‘Prioridade é dobradinha com Flávio’, diz líder da Comissão de Segurança da Câmara

Paulo Bilynskyj quer tocar na Câmara trabalho conjunto com o de Flávio Bolsonaro, que assumirá comissão de Segurança no Senado

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A prioridade do presidente da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, Paulo Bilynskyj, será fazer uma “dobradinha” com Flávio Bolsonaro, que preside a mesma comissão no Senado Federal. Em entrevista à coluna, o deputado do PL de São Paulo disse que o trabalho em conjunto fará com que pautas importantes do partido andem “mais rápido”.

Delegado, Bilynskyj foi eleito presidente da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 19. Entre os 38 parlamentares titulares da comissão, apenas seis são do PT e um do PSOL.

Além da dobradinha com Flávio, o deputado afirmou que os integrantes da comissão, na próxima semana, vão conversar com os governadores e secretários de Segurança Pública dos seus respectivos estados para levar as demandas estaduais à comissão.

A Comissão de Segurança estará sob o comando de Bilynskyj até 2026. Uma das prioridades pessoais do deputado é pautar na comissão uma demanda do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a progressão de regime para presos reincidentes.

Leia trechos da entrevista abaixo.

Seus pares consideram que o senhor “soube guerrear” como integrante da Comissão de Segurança. Como será sua postura agora que está presidindo o grupo? O senhor está aberto a conversar com o governo?

A postura do deputado não pode se confundir com a postura do presidente. Presidir exige tranquilidade, paciência e, claro, firmeza. Mas existe uma diferença fundamental na composição da comissão este ano: ela é nossa, não existe oposição. Então, será uma arma muito mais forte. E sim, estou ansioso para que o governo me procure, estou aberto para sustentar nossas posições.

E a PEC da Segurança? Como ela será tratada na comissão?

É inevitável que o texto sofra alterações. Ao meu ver, é uma proposta que tem pontos positivos e negativos. Um dos aspectos positivos é o entendimento de que as guardas municipais podem fazer policiamento ostensivo nas vias públicas. O ponto negativo é o desejo do governo Lula de centralizar a segurança pública na esfera federal. A PEC será analisada tecnicamente na comissão, e o entendimento e as necessidades dos governadores também serão levados em consideração.

Qual é a prioridade da Comissão de Segurança neste próximo ano?

A prioridade número um é fazer uma dobradinha com Flávio Bolsonaro na Comissão de Segurança do Senado. Quero dar celeridade aos projetos que são importantes para nós e para o Brasil, especialmente neste ano pré-eleitoral. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já me disse que a segurança pública terá relevância nas pautas da Casa.

E como evitar que a Comissão de Segurança vire um espaço apenas para homenagens e requerimentos de convocação, garantindo uma discussão técnica e séria sobre as propostas?

Vamos dividir as reuniões em duas partes: uma para discutir projetos e outra para analisar requerimentos, sejam eles de convocações, homenagens… O objetivo é acelerar projetos importantes, que ainda serão mapeados e discutidos com os governadores, e conseguir aprovar medidas ainda neste ano.

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