A bancada do PSol na Câmara decidiu, nesta quarta-feira, 16, ficar de fora da premiação Congresso em Foco, que escolhe os parlamentares mais influentes nas casa legislativas. Em uma carta enviada ao prêmio, a bancada do PSol alegou que o regulamento do prêmio não vem sendo cumprido.
O partido questiona a participação de deputados que respondem a ações judiciais de violência doméstica, racismo, homofobia ou ataques ao Estado Democrático de Direito. O regulamento da premiação determina que parlamentares que são alvos na Justiça de um desses crimes não poderão participar.
Um dos deputados que, segundo o regulamento não poderia participar do prêmio, mas foi um dos mais votados nas prévias, é Nikolas Ferreira. O bolsonarista, do PL de Minas Gerais, foi condenado pelo crime de transfobia por um episódio contra a deputada Erika Hilton, do PSol de São Paulo.
Os psolistas apontaram em um ofício enviado ao Congresso em Foco, no dia 2 de julho, mais 15 parlamentares que, segundo o regulamento, não poderiam ser considerados ao prêmio. Vários deles, inclusive, não participaram da edição de 2024.
O Congresso em Foco respondeu à bancada do PSol que o regulamento estabelece que apenas os deputados com condenações definitivas serão barrados.
O PSol, ainda assim, decidiu pedir para não participar do prêmio. “Diante do que consideramos uma possível flexibilização ou descumprimento do regulamento, solicitamos, de forma respeitosa, que esta Comissão retire os parlamentares do PSol da atual edição da premiação”, disse a bancada do partido em carta nesta quarta-feira.