O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, falou à coluna, nesta quinta-feira, 13, que o partido está numa “política defensiva” para assegurar a presença do partido em comissões sensíveis e disputadas pelo bolsonarismo, como Direitos Humanos e Cultura. Segundo o deputado, os petistas estão trabalhando em conjunto com os partidos do Centrão “para tentar evitar estragos da extrema direita em comissões como esta”. No Senado, a presidência da Comissão de Direitos Humanos foi dada à senadora bolsonarista Damares Alves.
O PT pleiteia também uma cadeira na Comissão de Finanças e Tributação e tem buscado outros acordos, mas segundo Lindbergh, a situação ainda está indefinida. A Câmara anunciou que deve bater o martelo das comissões na próxima semana.
“Vamos fazer uma concertação boa no Meio Ambiente. A presidência fica com o MDB e a gente com a vice”, disse Lindbergh.
O PT não deve passar nem perto da CCJ, comissão poderosa de Constituição e Justiça. Ela deve ficar, segundo o petista, com União Brasil ou MDB.
A comissão mais disputada, no entanto, é a de Orçamento.
“A disputa é pela relatoria do Orçamento, que está entre o MDB e o União Brasil”, disse o deputado.
O petista já tem travado uma disputa para evitar que Eduardo Bolsonaro fique com a presidência da Comissão de Relações Exteriores. Desde a posse de Trump, o deputado do PL já esteve quatro vezes nos Estados Unidos e o temor dos petistas e de outros partidos é que ele use a comissão para fazer política ideológica na defesa da extrema direita e das pendências judiciais de seu pai e correligionários, no caso da tentativa de golpe contra o governo eleito de Lula.