Ricardo Nunes conversa todos os dias com Tarcísio de Freitas. Ao tomar posse em 1º de janeiro, Nunes agradeceu a Jair Bolsonaro, mas foi por Tarcísio que o prefeito se derreteu em elogios. Se Tarcísio é o nome mais procurado por Nunes fora da prefeitura, na administração o braço-direito é o ex-deputado tucano Edson Aparecido.
Agora no MDB, Aparecido ganhou força na administração de Bruno Covas, como secretário de Saúde. Em sentido oposto ao de Eduardo Pazuello, Aparecido enfrentou a pandemia com seriedade e fez uma ampla campanha de vacinação contra a Covid. Cresceu na gestão de Nunes e ganhou a supersecretaria de Governo. A pasta faz a intermediação das demais secretarias e das instituições com o gabinete do prefeito e prepara os programas do governo para serem levados à Câmara. Sob sua coordenação, estão a secretaria-executiva de Projetos Estratégicos, de Mudanças Climáticas e de Desestatização.
Outro nome forte do entorno de Nunes é o do secretário de Subprefeituras, Fabrício Cobra Arbex, que ocupava antes a Casa Civil. Cobra foi expulso do PSDB por apoiar a reeleição de Nunes no ano passado. Sua família tem história no tucanato: é filho da ex-deputada Zulaiê Cobra, quadro histórico de São Paulo.
A prefeitura de Nunes, aliás, é um ninho de outros ex-tucanos. Há o ex-prefeito de São Bernardo Orlando Morando como secretário de Segurança Urbana, e o ex-prefeito de Jundiaí Luiz Fernando Machado (hoje no PL), como secretário-executivo de Desestatização e Parcerias.