Rampa

O atentado na Praça dos Três Poderes empoderou ainda mais o ministro Alexandre de Moraes em suas investigações sobre os atos antidemocráticos, que estão na reta final. Assim como o 8 de janeiro, que acabaram por chancelar os inquéritos sob o comando do ministro, as bombas da quarta-feira, 13 de novembro, tendem a cacifá-lo e dar mais legitimidade para suas decisões em um momento crucial: em breve, ele deverá receber da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República a consolidação da apuração que busca apontar a cadeia de comando da tentativa de golpe que culminou com a invasão das sedes dos três poderes em 2023.

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello viu o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar por 6 votos a 4 o pedido que fez para tentar reduzir a pena a que foi condenado por corrupção. Acusado de receber R$ 20 milhões em propina de um esquema montado na BR Distribuidora, ele foi sentenciado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão. Agora, no STF, ele tentava diminuir a pena para não ter que cumpri-la inicialmente em regime fechado. Não deu certo e, teoricamente, ele terá que ir para a cadeia. Seus advogados, porém, ainda têm uma última chance, porque podem ingressar com embargos de declaração questionando a decisão do plenário.