Rampa

Em sua primeira semana no cargo de ministra das Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, Gleisi Hoffmann adotou um perfil bem diferente daquele do período em que foi presidente do PT. A despeito da baixa expectativa em Brasília quando foi nomeada para o posto, ela indicou que pode, sim, manter boa interlocução com setores do Congresso que não se alinham automaticamente às diretrizes do Planalto, como o Centrão. Já nos primeiros dias, Gleisi se reuniu com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Motta chegou a elogiá-la pelo perfil “muito direto e eficiente”.

O deputado Gustavo Gayer, do PL de Goiás, se meteu em uma encrenca nas redes sociais que pode afetar seu futuro próximo na política. Para criticar o presidente Lula por ter dito que nomeou uma “mulher bonita”, Gleisi Hoffmann (Relações Instutucionais), para melhorar a relação com o Congresso, o deputado fez um post no X, antigo Twitter, dizendo que já imaginava um “trisal” entre a ministra, Lindbergh Farias, namorado dela e líder do PT na Câmara, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado. “Que pesadelo”, escreveu. A reação veio pesada. Alcolumbre indicou que pretender pedir a cassação do deputado por quebra de decoro, além de processá-lo criminalmente. O PT também decidiu ir ao Conselho de Ética para cassá-lo. Hugo Motta, presidente da Câmara, telefonou para repreendê-lo. Gayer teria pedido desculpas nos bastidores, mas a iniciativa parece não ter sido suficiente para conter a reação.