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Reforma ministerial do governo Lula pode atingir Paulo Teixeira

Com eventual saída de Paulo Teixeira do Ministério do Desenvolvimento Agrário, cargo pode ser preenchido por nome da esquerda atualmente desabrigado

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma das opções sobre a mesa do Lula no xadrez da reforma ministerial é tirar o ministro Paulo Teixeira, do PT de SP, do Desenvolvimento Agrário, com o objetivo de liberar espaço para acomodar outro aliado.

O PT de São Paulo considera-se pouco representado na Esplanada, especialmente em comparação com outras federações do partido, como a de Minas Gerais e a do Rio Grande do Sul, mas cederia o ministério diante da presidência do Partido dos Trabalhadores.

Nesse cenário, a provável eleição de Edinho Silva para substituir Gleisi Hoffmann na presidência do PT seria um ponto de consenso, já que o ex-ministro da Secom no governo Dilma Rousseff e ex-prefeito de Araraquara é visto como um nome de confiança de Lula.

Paulo Teixeira retornaria à Câmara, e o ministério, que cuida da reforma agrária e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), poderia ser entregue a outro nome da esquerda atualmente desabrigado. Um exemplo seria Paulo Pimenta, exonerado do cargo de ministro-chefe da Secom de Lula e substituído por Sidônio Palmeira.

Outra possibilidade é que o ministério seja redistribuído para algum partido de esquerda que atualmente ocupe uma pasta ligada aos interesses do Centrão — o que não é o caso do Desenvolvimento Agrário. O governo Lula tem tentado consolidar uma base ampla de apoio, incluindo aliados do Centrão, mas sem abrir mão de sua agenda social e econômica progressista.

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