Chegou ao STF na noite dessa segunda-feira, 10, um pedido de Ricardo Nunes para derrubar as investigações contra ele no âmbito da “máfia das creches”.
Os advogados de Nunes apresentaram um habeas corpus ao Supremo, que foi enviado nessa terça-feira, 11, ao gabinete de Dias Toffoli. O pedido tramita sob segredo de Justiça.
Ao STF, a defesa de Nunes pediu o trancamento do inquérito. Eles alegam não haver indícios contra o prefeito de São Paulo, além de a investigação estar aberta há tempo excessivo. Não há prazo para que Toffoli decida a respeito do pedido.
Antes de acionar o Supremo, Nunes havia batido à porta do STJ, mas o ministro Rogério Schietti negou o habeas corpus na segunda-feira.
Em novembro de 2024, a 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo autorizou que as suspeitas contra Nunes por supostos desvios de verbas da educação infantil fossem desmembradas do restante do inquérito, para que as investigações sobre ele continuassem.
A Polícia Federal já indiciou 116 pessoas na apuração, mas o emedebista não está entre elas. O caso começou a ser investigado em 2019 e levou à Operação Daycare, deflagrada em 2021 contra organizações sociais que administravam creches conveniadas à prefeitura de São Paulo.
As suspeitas contra o prefeito incluem supostos repasses de dinheiro feitos por uma das investigadas a uma conta pessoal dele e a uma empresa na qual são sócias a mulher de Nunes e uma de suas filhas. Ricardo Nunes era vereador à época dos fatos investigados. Ele nega qualquer irregularidade.