A política fluminense está apreensiva com a apreensão de dois aparelhos de telefone pela Polícia Federal na quarta-feira, 16: do presidente do Instituto Metrópole, Davi Perini Vermelho, o Didê, e de Rodrigo Santos de Castro, subsecretário de Eventos e Relações Institucionais do Rio de Janeiro.
Os dois foram alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga o uso de dinheiro público para montar uma rede de desinformação no processo eleitoral de 2024. Mais oito pessoas foram alvos da investigação.
O temor é que a quebra de sigilo dos celulares de Didê e de Rodrigo Castro ensejem novas investigações contra integrantes do governo do Rio de Janeiro e parlamentares da Assembleia Legislativa.
Vereador de São João de Meriti (RJ) em quarto mandato, Didê foi nomeado presidente do Instituto Rio Metrópole em 2022 por Castro. Dois anos antes, ele foi preso durante uma operação conjunta entre o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Polícia Civil de Santa Catarina, sendo apontado como proprietário da empresa que vendeu respiradores com sobrepreço.
Rodrigo Castro está no governo do Rio desde 2019, quando Wilson Witzel foi eleito. Em 2020, ele foi alvo da operação do inquérito “QG da Propina”, que investigou o pagamento de propina em troca de facilitar a contratação de empresas pela prefeitura do Rio.