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São Paulo e Nordeste em guerra pelo PT

Candidato de Lula, paulista Edinho Silva vive dificuldades para vencer no PT

Daniel Medeiros/PlatôBR
Daniel Medeiros/PlatôBR

A disputa pela presidência do PT, que parecia calma com as bênçãos de Lula para o ex-ministro Edinho Silva, virou foco de incêndio. Em vez das correntes ideológicas, a disputa agora se dá no âmbito federativo. É a guerra de São Paulo com o Nordeste.

A maior organização dentro do partido é a CNB (Construindo um Novo Brasil), da qual Lula faz parte, assim como Edinho e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, cearense.

A CNB do Nordeste cobra mais protagonismo nacional, uma vez que o desempenho eleitoral de Lula e dos candidatos no Nordeste deu um “couro” nos paulistas.

Em reunião do grupo político no final de semana, Edinho Silva defendeu uma “valorização” do Nordeste, mas fez um alerta. “É um erro e um equívoco nós regionalizarmos o PT. Não somos uma federação de regiões.”

Para tentar acomodar todos, Lula deverá levar Gleisi Hoffmann, paranaense, para o lugar de Marcio Macêdo, sergipano. Pode ser catapultado também do governo o ministro Paulo Teixeira, paulista, para dar lugar a um gaúcho, Paulo Pimenta, ou outro nordestino.

Mesmo líderes de outras tendências do PT, mais à esquerda, entraram na discussão da importância ou não do estado de São Paulo como motor de mudanças políticas e berço do PT.

O curioso é que, diante de uma crise internacional que se avoluma na Era Trump, Lula hoje divide seu tempo com o comezinho jogo de War petista.

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