A substituição de Luís Roberto Barroso no STF poderá fazer com que a corte passe a ter uma maioria formada por ex-ministros dos governos de quatro presidentes.
Se Lula de fato indicar o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, nome mais cotado à sucessão de Barroso, a composição do Supremo chegará a seis egressos do Executivo.
Já estão nesse time Gilmar Mendes, ex-AGU de Fernando Henrique Cardoso; Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Michel Temer; Dias Toffoli e Flávio Dino, respectivamente ex-AGU e ex-ministro da Justiça de Lula; e André Mendonça, ex-AGU e ex-chefe do Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.
Da atual composição do STF, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Kassio Nunes Marques, além do futuro ministro aposentado Barroso, não ocuparam ministérios em governos anteriores.
Em meio ao debate sobre politização do STF, aliás, os outros dois nomes mais cotados à vaga de Barroso também são do meio: Rodrigo Pacheco é senador e o ministro do TCU Bruno Dantas tem relações próximas com políticos como Davi Alcolumbre, Renan Calheiros e José Sarney.