A divulgação de três operações deflagradas nesta quinta-feira, 28, pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público para combater a lavagem de dinheiro no mercado de combustíveis, e que também mira o PCC (Primeiro Comando da Capital), começa a ser usada para tentar melhorar a desgastada imagem do governo na segurança pública. A estratégia envolveu os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira

Coube aos dois primeiros anunciar os detalhes das operações em uma entrevista coletiva no Palácio da Justiça, acompanhada atentamente por Sidônio, que fazia gestos de aprovação com a cabeça na primeira fileira do auditório. O chefe da Secom participou ativamente da definição da mensagem que deveria ser passada durante a conversa com jornalistas. 

As investigações encontraram indícios de ilegalidades pelo crime organizado no setor de combustíveis em todas as etapas das cadeias do setor: importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final, além do uso de fintechs e fundos de investimentos para blindagem do patrimônio e lavagem de dinheiro. 

Lewandowski afirmou que as operações ocorrem em um “momento auspicioso” no combate ao crime organizado, que migrou da ilegalidade para a busca pela legalidade. “Com certeza, essa é uma das maiores operações contra o crime organizado e só poderia ser levada a cabo pelo governo do Brasil. A partir da visão do governo federal, que se espraia pelos pelos estados, foi possível o êxito dessa operação”, disse. 

Haddad disse que as operações decorreram da integração maior da Receita Federal, da Polícia Federal e do Ministério Público, por meio de uma decisão do governo de direcionar esforços para combater o crime organizado e asfixiar financeiramente os criminosos. “Essa operação inaugura nova forma de trabalhar, e os resultados vieram rápido. Os esforços que estamos empreendendo no combate ao crime deram um resultado extraordinário”, disse o ministro.