O senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, delegado aposentado da Polícia Civil do seu estado, é um dos cotados para assumir a presidência da CPI do Crime Organizado, que será instalada no Senado na próxima terça-feira, 4. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, decidiu instalar a comissão após o maior massacre da história do Brasil, a operação “Contenção”, no Rio de Janeiro, que matou, até agora, 121 pessoas.

A CPI do Crime Organizado é de autoria do senador Alessandro Vieira, do MDB do Sergipe. A criação da comissão estava parada no Senado desde junho, ou seja, há quatro meses. Vieira irá pleitear a relatoria do grupo de investigação.

Nos próximos dias, os partidos irão indicar nomes para compor a CPI e acordos serão articulados para a definição dos nomes para a presidência, vice-presidência e relatoria. Os cargos normalmente são pré-definidos, mas são escolhidos por eleição direta pela composição da comissão.

À coluna, Alessandro Vieira disse que a articulação sobre os nomes que irão participar da CPI está passando, principalmente, por critérios técnicos. O objetivo principal é não politizar as discussões da comissão.

Após o massacre operado pelas forças de segurança do Rio de Janeiro, na terça-feira, 28, Alcolumbre anunciou a instalação da CPI.

“Determinei a instalação da CPI do Crime Organizado para a próxima terça-feira, em entendimento com o senador Alessandro Vieira. A comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções. É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, disse o presidente do Congresso em comunicado.