Eduardo Bolsonaro, que anunciou nesta terça, 18, que se licenciará por seis meses da Câmara dos Deputados, marcou presença na sessão do Congresso, no dia 13, enquanto fazia uma live de mais de duas horas com Paulo Figueiredo em Washington.
A sessão era semipresencial e poderia ser assistida remotamente, mas Eduardo estava bastante ocupado com a live. Ele marcou presença, mas não votou.
A transmissão da entrevista com Paulo Figueiredo começou às 14 horas e teve 2 horas e seis minutos de duração. A sessão do Congresso, que se encerrou com a votação sobre a política de emendas parlamentares, terminou às 15h26. Sem voto de Eduardo.
Na live, Eduardo chegou a dizer que seus eleitores poderiam fazer uma enquete para decidir seu futuro, mas não deu sinais de que estava decidido a ficar nos Estados Unidos.
O deputado licenciado contou que, desde a posse de Trump, viajou para os Estados Unidos por quatro vezes. Como as sessões da Câmara têm sido semipresenciais, ele teve apenas duas faltas sem justificativa, das 15 sessões realizadas até 13 de março.
Na tarde em que Eduardo fazia a live, a coluna foi até seu gabinete, onde encontrou um dos funcionários. O servidor disse que o parlamentar era informado sobre os principais passos das sessões por seus assessores e orientava voto de acordo com a bancada do PL.
Nesta sexta-feira, no gabinete de Eduardo Bolsonaro, os funcionários pareciam tão surpresos quanto os colegas de bancada. Cerca de dez desses assessores estavam reunidos, de pé, na sala principal do gabinete, horas depois do anúncio do chefe. Não quiseram falar com a reportagem e apagaram a luz da sala para não serem fotografados.
Com a licença do parlamentar, todos devem ser exonerados.