No fim da tarde desta segunda-feira, 4, agentes da Polícia Federal abordaram Jair Bolsonaro no momento em que ele chegava em casa, no condomínio Solar de Brasília 2, na região do Lago Sul, em Brasília. O ex-presidente foi, então, comunicado da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou sua prisão domiciliar. Bolsonaro também precisou entregar o telefone celular aos investigadores.

Não demorou para que a notícia se espalhasse e a movimentação em frente ao condomínio aumentasse. Ainda antes das 19 horas, equipes de imprensa já se espalhavam pela calçada, com câmeras a postos e microfones em punho à espera de qualquer novo movimento.

Do lado de fora do condomínio, pelo menos até o começo da noite desta segunda não houve mobilização significativa de apoiadores de Bolsonaro. Nenhuma faixa, nenhuma vigília. Ao contrário, o que se viu foram algumas manifestações de deboche por parte de algumas pessoas que passaram pelo local. A maioria comemorava a decisão.

Entre os manifestantes que aproveitaram para “cornetar” o ex-presidente estava o já conhecido militante do PT que anda por Brasília carregando um trompete e costuma aparecer em momentos desagradáveis para Bolsonaro. Bem em frente à guarita do condomínio, ele tocou a marcha fúnebre e a música “Tá na hora do Jair”, que fez sucesso entre apoiadores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha presidencial de 2022.

Moraes decretou a prisão de Jair Bolsonaro alegando que ele descumpriu as medidas cautelares a que estava submetido. Segundo o ministro, Bolsonaro usou as redes sociais de aliados e do filho Flávio para falar com apoiadores nos atos de domingo, 3. A decisão veio na esteira do processo contra os envolvidos na tentativa de golpe em 2022. Bolsonaro é o principal réu da ação.