O ex-ministro Gilson Machado descartou, por ora, a hipótese de deixar o PL, em meio à acirrada disputa que trava com o presidente da legenda em Pernambuco, Anderson Ferreira. Ele e Ferreira estão em rota de colisão por uma candidatura ao Senado no ano que vem.

À coluna, Machado afirmou que é o candidato de Jair Bolsonaro e que foi indicado pelo ex-presidente em fevereiro. “Todo mundo sabe que ele me lançou candidato. Na semana passada, em uma entrevista, ao citar seus candidatos, ele voltou a reiterar o meu nome.”

O ex-ministro disse que estará “onde Bolsonaro estiver” e que não tomará nenhuma decisão sem a anuência do ex-chefe.

Como mostrou a coluna, os dois cumprem medidas cautelares que os impedem de ter contato entre si. Machado é suspeito de ter atuado para obter um passaporte português ao delator Mauro Cid. “Espero que a gente consiga, num período razoável, voltar a se falar, como ele voltou a falar com o Valdemar [Costa Neto]”.

Questionado sobre as novas cautelares impostas a Bolsonaro por Alexandre de Moraes, que o impedem de dar entrevistas e aparecer nas redes sociais, Gilson Machado enviou à coluna uma entrevista do ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello à jornalista Roseann Kennedy, na qual ele classificou as medidas como censura e humilhação ao ex-presidente.

“É o que grande parte das pessoas que pensam estão achando”, disse Gilson Machado.