PODER E POLÍTICA. SUA PLATAFORMA. DIRETO DO PLANALTO

STF votará ampliação do foro, mas políticos já usufruem do benefício

Plenário do STF já tem maioria em torno de voto de Gilmar Mendes, para manter o foro privilegiado após o término de mandatos

Foto: Antonio Augusto/STF
Foto: Antonio Augusto/STF

O STF vai retomar na próxima semana, na sexta-feira, 28, o julgamento sobre o novo desenho do foro privilegiado de políticos. O assunto será analisado de maneira virtual, ou seja, sem sessão presencial no plenário, até o dia 11 de março.

Os ministros voltarão a julgar um habeas corpus do senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, que responde a um processo na Justiça Federal do Distrito Federal por suposta “rachadinha” em seu gabinete quando ele era deputado federal. Os advogados dele alegam que a competência sobre o caso é do STF.

Em abril de 2024, o plenário do STF formou maioria a favor do pedido do senador. A mudança proposta pelo relator, Gilmar Mendes, seguida por outros cinco ministros, prevê manter o foro privilegiado de deputados e senadores mesmo após deixarem o cargo, em casos que envolvam crimes cometidos durante e em função do mandato.

O julgamento do assunto já foi iniciado e interrompido três vezes por pedidos de vista no STF desde março de 2024. O mais recente deles, de Kassio Nunes Marques, durou de 27 de setembro até o último dia 14 de fevereiro.

Embora a análise ainda não tenha sido concluída pelo plenário, o entendimento formado pela maioria dos ministros já tem beneficiado políticos investigados em instâncias inferiores.

Com base na ampliação do foro privilegiado, como tem mostrado a coluna, o próprio Gilmar já tirou da Justiça Federal de Brasília e levou ao STF uma investigação contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e, mais recentemente, mandou suspender um inquérito da Justiça Federal de Goiás contra o presidente do PSDB, Marconi Perillo.

search-icon-modal