Tarcísio de Freitas pediu a Alexandre de Moraes para visitar Jair Bolsonaro na prisão domiciliar, em Brasília. A solicitação, assinada de próprio punho pelo governador de São Paulo nessa terça-feira, 5, foi apresentada a Moraes nesta quarta, 6, e é para que Tarcísio possa visitar Bolsonaro nesta quinta, 7.
Na petição o ministro do STF, Tarcísio de Freitas escreveu que é “correligionário e amigo” de Jair Bolsonaro e afirmou considerar que existem “razões político-institucionais e humanitárias” que justificam uma visita dele ao ex-presidente.
Além do pedido de Tarcísio, Moraes tem ao menos outras nove solicitações de interessados em visitar Bolsonaro, feitas por parlamentares bolsonaristas e amigos do ex-presidente. Nessa terça, o ministro já havia autorizado que o senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, fizesse uma visita ao aliado preso em casa.
Também nessa terça, Alexandre de Moraes permitiu que familiares de Bolsonaro, como seus filhos e netos, possam visitá-lo sem necessidade de autorização do Supremo. Na decisão em que ordenou a prisão domiciliar do ex-presidente, Moraes havia determinado inicialmente que ele só pudesse receber advogados e visitantes autorizados.
Como mostrou a coluna nesta quarta, a defesa de Bolsonaro feita por Tarcísio de Freitas após a prisão domiciliar fez com que ele ganhasse pontos junto ao bolsonarismo.
O vídeo em que Tarcísio demonstrou apoio ao ex-chefe, divulgado poucas horas depois da ordem de Moraes, surpreendeu bolsonaristas desconfiados de sua lealdade ao ex-presidente.
O governador disse que “Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar. Uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”. Também indagou se “vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la” e declarou que “não vão calar o movimento”.