As manchetes jornalísticas desta sexta-feira, 11, noticiam inimaginável taxação de 125% da China sobre produtos dos Estados Unidos, medida tomada em retaliação a igual percentual estabelecido na véspera pelo governo Donald Trump para importações do gigante asiático. O mercado financeiro entrou em clima de pânico com a escalada da guerra comercial durante a semana.

As manchetes jornalísticas desta sexta-feira, 11, noticiam inimaginável taxação de 125% da China sobre produtos dos Estados Unidos, medida tomada em retaliação a igual percentual estabelecido na véspera pelo governo Donald Trump para importações do gigante asiático. O mercado financeiro entrou em clima de pânico com a escalada da guerra comercial durante a semana. A volatilidade das bolsas de valores e do dólar e chacoalhou a economia global. Em resposta às extravagâncias de Donald Trump, o mundo tenta se proteger com acordos multilaterais e com o fortalecimento de parcerias bilaterais.

O Brasil segue no caminho da diplomacia. Nesta sexta-feira, o vice presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) participou de uma videoconferência com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, para tratar de cooperação econômica e comercial. Em nota oficial divulgada pela manhã, o MDIC informou que as duas partes convergiram na "defesa do multilateralismo e do sistema internacional de comércio baseado em regras", e com fortalecimento da OMC (Organização Mundial do Comércio). Em decorrência das ações de Trump, a China aumentou o volume da soja brasileira.

Os movimentos erráticos de Trump desnortearam os operadores econômicos. Na quarta-feira, 9, o presidente americano anunciou a redução para 10%, mesmo nível aplicado ao Brasil, durante 90 dias, das taxas de importação de países para os quais havia fixado índices mais elevados. Para os produtos chineses, as tarifas chegaram a 145%. Caso essas decisões não sejam alterada, o prazo será usado pelo restante do mundo para negociar novas bases comerciais devido aos abalos provocados pelos Estados Unidos.

O Brasil mantém os canais de negociação com os americanos. A última reunião entre representantes dos dois países foi feita na quinta-feira, para tratar do setor de aço e de reciprocidade.

Em mais um lance de repercussão na economia mundial, o presidente chinês, Xi Jinping, visitou a Espanha e defendeu o estreitamento das relações de seu país com a União Europeia. Em recado para Trump, o líder asiático falou a favor do mundo multipolar e de uma resistência conjunta contra "intimidação unilateral". Na opinião de Xi, as atitudes do presidente americano levarão ao isolamento dos Estados Unidos.

Alívio das penas pelo 8 de Janeiro entra em discussão nos três poderes
Por iniciativa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a possibilidade de um acordo para aliviar as punições dos responsáveis pelos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro entrou na pauta dos três poderes. O entendimento está sendo discutido ao mesmo tempo que políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro tentam votar na Câmara um projeto de lei que beneficie todos os acusados de tentativa de golpe de Estado.

Nas palavras de Motta, o acordo permitiria a pacificação do país. Ele levou a ideia a Lula, como revelado pelo PlatôBR, e a ministros do Supremo. Deputados e senadores da base aliada também aconselharam o presidente da República a encampar essa proposta. O petista ainda não se manifestou sobre a proposta.

A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) admitiu a hipótese de revisão das penas, mas recuou depois de má repercussão no STF. Mas, pela sinalização interna do tribunal, os próximos julgados pelo 8 de Janeiro (e não os líderes) devem receber penas menores do que os já condenados.

Na quinta-feira, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse ter conseguido as 257 assinaturas necessárias para levar a plenário um pedido de urgência do projeto de anistia geral. O governo tenta evitar essa votação. O debate sobre a amenização da penas vai crescer nas próximas semanas.

Lewandowski entregou a PEC da Segurança ao Congresso
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski entregou ao Congresso a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que trata da unificação do combate ao crime organizado. O texto prevê o trabalho em conjunto da União com estados e municípios para enfrentar as grandes quadrilhas que atuam no país.

Discutida desde junho do ano passado, a PEC encontra resistência em setores da oposição, principalmente, do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pré-candidato ao Planalto. O presidente da Câmara, Hugo Motta, pediu cautela na apreciação da proposta por causa dessas divergências. 

Lewandowski também prepara um projeto de lei "antimáfia". Embora a proposta ainda esteja sendo elaborada, a intenção do ministro é que seja aprovada no Legislativo antes da PEC da Segurança.

Em viagem ao Rio Grande do Norte, Bolsonaro foi internado por causa de dores abdominais
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado em Natal depois de sentir mal-estar provocado por dores abdominais. Segundo pessoas que o acompanhavam, o problema decorre do atentado que sofreu na campanha de 2018. Pelas informações do início da tarde, ele tinha quadro estável.

O problema de saúde interrompeu a agenda que Bolsonaro programou para os próximos dias no Nordeste. Essa viagem tem o objetivo de ampliar o apoio político ao ex-presidente na região.