O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) recomendou a correção do edital publicado para relicitação das obras da Vila Olímpica Mário Covas, na Zona Oeste da capital paulista. Com a decisão, o projeto segue sem prazo para ser concluído.
O TCE-SP considerou tecnicamente inseguro o edital lançado pela CDHU para retomar as obras do complexo esportivo. O orçamento previsto, de R$ 23 milhões, é quase o dobro do valor que restava do contrato anterior, rompido em abril, quando 82% da construção já estavam prontos.
Segundo o parecer técnico do tribunal, o documento que embasou a nova licitação ignorou informações básicas sobre o estágio real da obra e reutilizou memoriais de 2022 sem atualização. O diagnóstico do TCE foi de que o edital abre margem para sobreposição de serviços, risco de desperdício de recursos e insegurança contratual.
O conselheiro Sidney Estanislau Beraldo, relator do caso, determinou que a CDHU refaça o edital com base técnica confiável e informe expressamente que parte do canteiro segue sob perícia judicial. O recurso da estatal estadual foi rejeitado.
