Dias Toffoli anulou nesta sexta-feira, 6, todos os atos da Operação Lava Jato contra mais um investigado. Desta vez, o beneficiado é Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma Rousseff.
Toffoli atendeu a um pedido da defesa de Bernardo e estendeu a ele uma decisão que já havia anulado todas as decisões e investigações da Lava Jato contra o advogado Guilherme Gonçalves.
Gonçalves atuou como advogado de campanhas da ministra da Secretaria de Governo, Gleisi Hoffmann, com quem Paulo Bernardo foi casado. O advogado foi apontado pela Lava Jato como suposto operador de propinas.
Em abril, como mostrou a coluna, o ministro do STF afirmou ter havido conluio entre Ministério Público Federal e Sergio Moro contra Guilherme Gonçalves. Para Toffoli, a prisão do advogado e a busca e apreensão da PF contra ele nas operações Pixuleco 1 e Pixuleco 2 foram “arbitrárias, assim como todos os atos delas decorrentes”.
Ao estender a mesma decisão a Paulo Bernardo, Toffoli também mandou encerrar um processo contra o ex-ministro na Justiça Federal de São Paulo, baseado nas investigações da Operação Custo Brasil. Essa operação foi um desdobramento da Pixuleco 1 e da Pixuleco 2.
Bernardo é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por supostos pagamentos de propina no Ministério do Planejamento sob sua gestão, entre 2009 e 2015. O esquema teria como base um contrato fraudulento com uma empresa de tecnologia para gestão de créditos consignados na pasta.