Depois de fechar a porta a Sérgio Cabral, Dias Toffoli rejeitou mais um pedido para estender a cobiçada decisão que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef.

Desta vez, Toffoli disse “não” ao doleiro Carlos Habib Chater, um dos primeiros alvos da Lava Jato. Chater é dono do Posto da Torre, em Brasília, que deu origem à operação.

A defesa argumentava ao ministro do STF que ele foi alvo das mesmas arbitrariedades que Youssef na Lava Jato e citou mensagens trocadas entre procuradores da força tarefa, acessadas por um hacker e apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

Os advogados lembraram ainda que Chater também ficou preso na cela da carceragem da PF onde foi encontrado um grampo. Este foi um dos pontos considerados por Toffoli ao anular todas as condenações de Alberto Youssef nos processos conduzidos por Sergio Moro.

Para o ministro, no entanto, “as situações fático-jurídicas são diversas”, motivo pelo qual ele não poderia estender a decisão que beneficiou Youssef. Em sua decisão, Toffoli apontou que os diálogos dos procuradores da Lava Jato sobre Chater o mencionam “de forma genérica”.