O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira, 14, uma ordem executiva que reduziu as tarifas aplicadas ao café, à carne e a diversas frutas, entre elas banana e manga. A medida anunciada pela Casa Branca deve beneficiar produtos que são exportados por empresas brasileiras. O Itamaraty e o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) ainda analisam o alcance da decisão americana.
Trump adotou a medida diante de um aumento significativo da inflação americana e das pressões internas no país. Somente o café acumula alta de cerca de 20% em relação ao ano passado, segundo dados do CPI, o índice oficial da inflação americana.
O produto faz parte da cultura dos Estados Unidos e a taxação afetou o consumo. Antes do tarifaço aos produtos brasileiros, a indústria brasileira de café exportava aos Estados Unidos um terço do que era consumido no país.
Embora beneficie o Brasil, a ordem executiva de Trump desta sexta não é uma resposta à pauta de negociação apresentada pelo governo brasileiro em 4 de novembro. A decisão está em linha com sinalizações que já haviam sido dadas por autoridades americanas.
Após se reunir com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), afirmou na última quinta-feira, 13, que aguardava para esta sexta ou para a próxima semana uma resposta dos americanos sobre a proposta de negociação encaminhada pelo governo brasileiro para resolver o tarifaço.
O Brasil quer derrubar as sobretaxas aos produtos exportados para os Estados Unidos e as sanções impostas por Trump a autoridades, entre elas ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do primeiro escalão do governo Lula. Os setores exportadores, como o de carne e café, ainda analisam a ordem executiva, mas mas já comemoram a decisão do governo americano.
