Com a digital de Ciro Nogueira, o veto do PP à candidatura de Sergio Moro, do União Brasil, ao governo do Paraná aprofundou o racha entre os dois partidos que compõem uma federação. Ciro tem colecionado desafetos no partido que deveria ser seu parceiro. A ponto de Ronaldo Caiado, pré-candidato do União à Presidência, dizer que o presidente do PP quer usar a federação para se cacifar a vice de Tarcísio de Freitas.

Nessa segunda-feira, 8, Ciro Nogueira e seus correligionários arrumaram mais uma encrenca. O veto a Moro despertou reação do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que saiu em defesa do ex-juiz da Lava Jato. Rueda insistiu na pré-candidatura do senador e escreveu no X que “a imposição de vetos arbitrários é inaceitável”.

A manifestação do chefe do partido foi prontamente repercutida pelo próprio Moro em suas redes, com mais uma pimenta: “Nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares”, escreveu.

Comandado pelo deputado Ricardo Barros, o PP paranaense pretende manter sua aliança com Ratinho Júnior, do PSD, que quer emplacar como sucessor no governo o secretário estadual de Cidades, Guto Silva.

Nessa segunda, mesmo dia em que o racha interno na federação foi aprofundado a partir do Paraná, confirmou-se o desfecho de outra situação que mostrou diferenças significativas entre PP e União Brasil. O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do União, enquanto André Fufuca segue ministro do Esporte e filiado ao partido de Ciro Nogueira.