"O mundo é tão desigual (...) de um lado esse carnaval, do outro a fome total", canta Gilberto Gil em "A Novidade", composta em 1986 em parceria com Herbert Vianna e Bi Ribeiro. A canção era sobre as desigualdades no mundo. Ao menos no Brasil, Gil acredita, as coisas melhoraram de lá para cá. O cantor, compositor, poeta e imortal da Academia Brasileira de Letras recebeu o PlatôBR em seu estúdio, na Gávea, no Rio de Janeiro, para uma entrevista exclusiva. Gil se diz bastante “esperançoso” com o futuro do país. “Historicamente, nós estamos melhores no sentido geral das relações entre economia e a sociedade. No entanto, o governo é mal avaliado”, afirma. A explicação para isso? Ele entende que a população tem dificuldade de detectar pontos positivos no governo em razão de “uma esquizofrenia típica da modernidade". O cantor e compositor, que gravou duas canções ("Parabolicamará", em 1991, e "Pela internet", em 1996) saudando a chegada da grande rede de computadores e das novas tecnologias, diz que esses comportamentos paradoxais foram levados “a potências extraordinárias” com as redes sociais e a uma “pulverização extraordinária da ideia de poder”. "Os governos são responsabilizados quando não são responsáveis únicos por tudo”, emenda. Assista à íntegra entrevista de Gil a Gilberto Nascimento.
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