Preso há um ano e quatro meses, o hacker Walter Delgatti vai ingressar, nos próximos dias, com um pedido de progressão de pena na Justiça. Ele foi condenado a 8 anos e três meses de prisão e, com 20% da pena cumprida, o réu pode pleitear o regime semiaberto, mesmo sendo reincidente.
Delgatti e a deputada foragida Carla Zambelli, do PL de São Paulo, foram condenados por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação foi unânime no Supremo Tribunal Federal, em 14 de maio. O hacker já estava preso, mas a deputada fugiu, primeiramente para os Estados Unidos e, em seguida, para a Itália. Sua pena é de dez anos de detenção.
O hacker está no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, para onde vão os criminosos mais famosos do país. Ele ficou nacionalmente conhecido como “hacker de Araraquara”, quando invadiu o Telegram e flagrou as conversas entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro na Lava Jato. A Vaza Jato foi usada por Lula e outros condenados como prova sobre a parcialidade das condenações.
O advogado que representa o hacker, Ariovaldo Moreira, afirmou à coluna que já requisitou do presídio o boletim informativo que trata da conduta do preso. Delgatti tem intenção de, no semiaberto, retornar aos estudos. Ele já foi aluno de Direito no interior de São Paulo.