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Wassef insiste em encerrar caso das joias no STF, mas Gonet é contra

Frederick Wassef, advogado ligado à família Bolsonaro, foi indiciado pela PF por associação criminosa e lavagem de dinheiro no inquérito das joias

Foto: Reprodução
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Paulo Gonet apresentou ao STF um parecer contrário a um recurso de Frederick Wassef, advogado próximo à família Bolsonaro, para que sejam suspensas e encerradas as investigações contra ele no caso das joias desviadas do acervo presidencial.

Em julho do ano passado, a Polícia Federal indiciou Wassef pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro nesse inquérito. A investigação concluiu que ele recomprou nos Estados Unidos um relógio Rolex que havia sido dado de presente a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. O ex-presidente recebeu o “kit ouro branco”, que incluía o relógio, em outubro de 2019, em visita ao país árabe.

Frederick Wassef, afirmou a PF, ficou encarregado de recomprar o Rolex na loja Precision Watches, à qual o relógio havia sido vendido pelo ex-ajudante de ordens e delator Mauro Cid. O advogado pagou US$ 49 mil ao readquirir o Rolex, devolvido em seguida à União.

Em outubro, Flávio Dino já havia rejeitado o pedido de Wassef para suspender a investigação que o indiciou. A defesa dele recorreu, mas não convenceu o chefe da PGR sobre falhas na decisão de Dino.

Gonet afirmou ao ministro do STF que o habeas corpus dos advogados de Frederick Wassef não pode ser admitido, isto é, sequer considerado, porque tenta barrar uma investigação conduzida pela PF sob “rigoroso controle judicial” do Supremo. Conforme o PGR, um habeas corpus não pode ser usado para questionar decisões de ministros do STF ou julgamentos colegiados na Corte.

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