Cristiano Zanin negou nessa sexta-feira, 1º, um pedido do Corinthians que tentava suspender um processo milionário de que é alvo na Justiça do Trabalho, movido pelo atacante Gustavo Silva, conhecido como Gustavo Mosquito, ex-jogador do clube (foto acima).

Atualmente atuando pelo Jubilo Iwata, do Japão, Mosquito processou o Corinthians em 2024 por atrasos no pagamento de FGTS e direitos de imagem. O jogador conseguiu na Justiça a rescisão de contrato com o alvinegro e se transferiu para o Vitória. A decisão favorável a Gustavo Mosquito foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2).

Intimado pela Justiça do Trabalho a depositar R$ 8,3 milhões para garantir a execução provisória da decisão favorável ao atleta, o Corinthians acionou o STF em 18 de julho e pediu que o processo trabalhista fosse suspenso.

O clube alegou que parte dos valores que Mosquito disse ter a receber, por direitos de imagem, eram devidos a uma empresa da qual o jogador é sócio. Assim, o Corinthians apontou pejotização no caso e afirmou que a Justiça do Trabalho descumpriu uma decisão de Gilmar Mendes sobre o assunto. Isso porque, em abril, Gilmar mandou suspender todos os processos sobre pejotização nos tribunais, até que o STF decida sobre a licitude desse tipo de contrato.

Ao negar o pedido do Corinthians, no entanto, Cristiano Zanin afirmou não ter havido descumprimento dessa decisão de Gilmar Mendes.

O ministro apontou que o caso de Gustavo Mosquito e os de pejotização suspensos por Gilmar são diferentes. Zanin citou que o jogador teve a carteira de trabalho assinada pelo Corinthians e “a relação de trabalho se desenvolveu formalmente”. Já a decisão de Gilmar, anotou Zanin, tratou de processos em que se discute se houve fraude no contrato de prestação de serviços.